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segunda-feira, 25 de março de 2013
QUEM SOU EU
Desde criança eu gostava de escrever. Tinha um sonho doido e maluco de ver minhas histórias um dia virando novelas na TV Globo. Sempre tive uma imaginação fértil. Mas nunca tive aquela família que me fizesse ter sonhos e vontades de continuar. Eu escrevia e meus vizinhos liam e conforme vinham comentando as situações criadas por mim, me davam mais força de querer terminar logo. Era sucesso na minha rua. Todos conheciam meus personagens e eu passei da fase do Fulano diz e beltrano diz. Pro fulano pergunta, beltrano responde. Até que comecei a ler e a entender que cada escritor que eu lia tinha sua forma. Shakespeare foi a primeira peça que li na vida aos 15 anos num livro da biblioteca, que tinha numa Regional perto da minha casa. Não podia leva-lo pra casa então eu o lia todo dia um pouquinho, até que me apaixonei por Romeu E Julieta. Depois por uma indicação de uma amiga, eu conheci Sidney Sheldon e li desse romancista policial acho que quase todos os grandes livros da época. E sempre vim escrevendo. Escrevia em todos os cadernos que eu tinha pela frente. Historias curtas e longas. E até uma saga familiar eu inventei, e surpreendi uma vizinha minha que vem a ser uma das maiores fãns do Sr. Sheldon. Sempre engavetando e elas foram se perdendo. Em 1998, resolvi fazer Teatro, quer dizer o Teatro resolveu me achar. Eu era repositor de um supermercado e um amigo do bairro que fazia teatro desde que ele se entendia por gente, me convidou a fazer um teste na UERJ pra um curso da Grande Zezé Motta, era gratuito o projeto. E eu fui selecionado dentre aquele monte de gente e fiz seis de curso com grandes professores, Como Ivan Alves, Mauricio Gonsalves e Iléa Ferraz. E tive o prazer de ter uma peça minha lida pela própria Zezé, e foi quando ela mandou me dizer, que eu iria longe, eu era um diamante a ser lapidado. Mas eu percebi que até mesmo para se lapidar um diamante precisava-se de grana, e grana essa que eu não tinha. Ela então me deu uma bolsa na turma de roteirista Peruano amigo dela que estava no Brasil. Eu não entendia nada da aula do cara, mas aprendi nas três aulas que assisti, como se separa cenas num roteiro pra cinema e televisão, o curso não seguiu, por que não conseguiram a quantidade de alunos suficiente. Mas o curso de Teatro foi um sucesso. Mas eu já sabia que eu não nasci pra brilhar nos palcos, não era com esse sucesso que eu almejava. Eu queria escrever pra ver os atores brilharem dando vida a personagens meus. Escrevi Mariah, Gilda, peças infantis que chegaram a ir em cartaz em teatro escola e na lona cultural Elza Osborne, em Campo Grande. Mas o amor me afastou daquilo tudo. Por amar alguém que não me ajudava a ler o que eu escrevia, eu fui deixando de escrever. E todas as poesias que fiz, hoje não tenho nenhuma mais. Todas foram feitas pra ele, e ele nunca mais me devolveu. Pensei que algo dentro de mim tinha morrido, mas não esta vivo, e agora aqui estou eu de novo escrevendo e escrevendo. E que venha mais um livro, dessa não lido mais só por meus vizinhos, mas por todos vocês... Obrigado!
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chorei lendo isso...como já tinha lhe dito,sabia q vc tinha talento para tal e q iria longe nessa jornada E SEI Q VAI!!
ResponderExcluirparabéns pelo empenho e por ter voltado a dar vida em algo positivo q ficou adormecido em sua alma!tamo junto...PS:estou adorando e cada vez ansiosa rsrs bjs vivi