A primeira mulher pastora que se casou no civil com outra mulher na Noruega renunciará as suas funções pastorais para protestar pela discriminação contra gays e lésbicas, que, segundo ela, existem na Igreja luterana da Noruega. “Ficou insustentável para mim representar uma Igreja que ainda pratica a exclusão”, declarou Hilde Raastad na edição do jornal norueguês Aftenposten desta quarta-feira.
Em 1997, Raastad se converteu na primeira mulher pastora na Noruega a se casar com outra mulher.
Oficializando uma prática já em andamento, a Igreja protestante (luterana) autorizou a ordenação de homossexuais dez anos depois, ao mesmo tempo em que concedeu aos bispos e às autoridades clericais a possibilidade de negar um ministério às pessoas que vivem com alguém do mesmo sexo.
Indicando que em várias ocasiões lhe negaram um posto, embora por vezes tenha sido a única candidata, Hilde Raastad disse que enviou uma carta ao arcebispo de Oslo para pedir que anule sua ordenação.
“Considero que a homofobia é um pecado”, explicou ao Aftenposten. “Uma igreja local não pode escolher pessoas em função da cor de sua pele ou de sua etnia. Da mesma maneira, não pode excluir ou julgar pessoas baseando-se em sua orientação sexual”.
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